OXUM- A DONA DA FECUNDIDADE E DAS ÁGUAS
Generosa e digna, Oxum é a rainha de todos os rios. Vaidosa, é a mais importante entre as mulheres da cidade, é a dona da fecundidade das mulheres, a dona do grande poder feminino. As mulheres que querem engravidar se recordam de Oxum, presenteando-a com uma bacia de louça contendo Omolocum (feijão fradinho, dendê, camarão seco, cebola e ovos inteiros cozidos). Quando seu pedido é atendido levam até uma nascente de água doce bijuterias como forma de agradecimento. Oxum adora ser lembrada. Come também o ipeté, comida a base de inhame temperada com camarão e dendê. Ado - é uma comida ritual feita de milho vermelho torrado e moído em moinho e temperado com azeite de dendê e mel.
É o orixá da riqueza e da fartura, filho de Oxum e de Oxóssi, Deus da terra e da água. É sem dúvida, um dos mais belos orixás do Candomblé já que a beleza é uma das principais características de seus pais. O caçador habilidoso e príncipe soberbo, Logunedé reúne os domínios de Oxóssi e Oxum e quase tudo que se sabe a seu respeito gira em torno de sua paternidade. Como sua principal característica é a beleza, as pessoas recorrem a ele quando querem ser notadas, pois a alquimia de oferecer-lhe milho cozido, com feijão fradinho acompanhado de um peixe assado em folha de bananeira transfere a este indivíduo o encanto deste orixá
IANSÃ - OIÁ - A MULHER GUERREIRA
Akaraje
O maior e mais importante rio da Nigéria chama-se Niger, é importante e atravessa todo país. Rasgado espalha-se pelas principais cidades através de seus afluentes e por esse motivo tornou-se conhecido pelo nome de Odò Oya, já que na língua iorubá ya, significa rasgar, espalhar. Esse rio riu e é a morada da mulher mais poderosa da África negra, a mãe dos nove céus, dos nove filhos, do rio de nove braços, Iansã. Embora seja saudada como a deusa do rio Niger, esta relacionada ao elemento fogo. Na realidade, indica a união de elementos contraditórios, pois nasce da água e do fogo, da tempestade, do raio que corta o céu no meio da chuva, é a filha do fogo. A tempestade é o poder manifesto de Iansã, rainha dos raios, das ventanias, do tempo que fecha sem chover. Iansã é lembrada como a senhora dos nove partos. O número nove é parte integrante de seu nome e aparece em várias passagens de sua história. Mas com nove acarajés (sua comida) pode-se conseguir vencer grandes batalhas e atingir as maiores dadivas junto a Iansã. Esta deusa também se alimenta de farofa de mandioca refogada no dendê, camarão defumado e cebola ralada tudo levado ao fogo com uma pitada de sal.
OBÁ - O ORIXÁ DO CIÚME
Abará
Uma das mulheres de Xangô, recebe abará - feijão fradinho descascado e moído com cebola, camarão e dendê, envolvido em folha de bananeira e cozido no vapor. EWÁ - DEUSA DA BELEZA
Batata doce
Gosta de banana-da-terra e batata-doce. Em algumas casas recebe feijão fradinho com coco e dendê. IEMANJÁ- A RAINHA DO MAR
Eboya
A grande rainha de todas as água do mundo sejam elas doces ou salgadas, dos rios ou dos mares, a deusa sincretizada no Brasil como protetora dos navegantes e pescadores. Diferente do que todos pensam, Yemanja é cultuada na África em rio de água doce, que leva seu nome, somente no Brasil ela foi unificada as águas salgadas, as grandes sacerdotisas ressaltam que o correto lugar para o culto desse orixá é o encontro de águas, salgadas e doces. Na Bahia os devotos de Yemanja oferecem a ela Eboya, uma refeição a base de canjica molho de camarão defumado, cebola ralada e azeite doce. Fazendo seus pedidos de proteção e boa pescaXANGÔ - ORIXÁ DA JUSTIÇA E DO PODER
Amalá
Nem seria preciso falar do poder de Xangô, porque o poder é sua síntese. Xangô nasce do poder e morre em nome do poder. Rei absoluto, forte e imbatível. O prazer desse orixá é o poder, ele manda nos poderosos, manda em seu reino e em reinos vizinhos. Xangô é rei entre todos os reis, não existe uma hierarquia entre os orixás, nenhum possui mais energia que o outro, apenas Oxalá, que representa o patriarca da religião e é o orixá mais velho , goza certa. O amalá é a comida mais elaborada do Candomblé. Representa dignidade e o poder de Xangô é a própria organização do reino de Oió (cidade da África). Este preparo compõe-se de quiabo, dendê, pó de camarão seco, cebola e gengibre, todos os ingredientes levados ao fogo bem apurados, posteriormente servido em gamela (forma de madeira), os pedidos de justiça ao evocar Xangô são inúmeros. Gosta de mesa farta. OXALÁ – O CRIADOR
Na África, todos os orixás relacionados a criação são designados pelos nomes de Orixalá, ou seja, (o grande orixá), que nas terras de Igbó e Ifé é cultuado como Obatalá, o rei do pano branco. Eram cerca de 154 os orixás, mas no Brasil, a quantidade se reduz significativamente, sendo que dois orixás Olúfón, rei de Ifon (Oxalufã), o bom comedor de inhame e rei de Egigbó (Oxaguiã), tornam-se suas expressões mais conhecidas. Oxalá é o Deus que cria; aquele que veste branco, o sábio, que prega a paz. Na turbulenta movimentação das grandes cidades os òmo orixá (filho do deus), encontram a paz, a serenidade e o equilíbrio para o recomeço de uma nova jornada alimentando-o com uma grande bacia de canjica branca cozida – Ebô. Come também inhame, arroz branco e acaçá. Não come dendê e sal.
continua.......
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