sexta-feira, 16 de março de 2012

OXUM/AZIRI/DANDALUNDA - PARTE V - CAMINHOS DE OXUM EM CUBA

QUALIDADES DE OXUN EM CUBA
1 - IBU KOLE
Esta Oxun nasce no Odu Ogbetura e come galinha d’angola. É aquela que cuida da casa e recolhe o lixo produzido dentro dela. Seu fio de contas é amarelo ouro intercalado com âmbar e corais.

2 - OXUN OLOLODI
Trata-se de uma Oxun guerreira que porta uma espada. Seu adê é adornado com búzios. Carrega um erukeré com o cabo adornado com contas de Orunmilá. Dentro de sua sopeira coloca-se areia do mar e do rio misturadas. Entre os ararás é conhecida como Atiti.

3 - OXUN IBU AKPARO
Esta qualidade de Oxun nasce no Odu Owónrin Meji.
Seu nome secreto é Iganidan. É aquela que reina sem coroa. É representada pela codorna. Vive na desembocadura do rio com o mar e, segundo dizem, é surda. Come codornas e, com Yemanjá, come duas galinhas cinzentas.

4 - OXUN IBÚ ANAN.
Esta Oxun é tocadora de tambor e nasce em Oturukponyekú. Seu orikí diz: Aquela que ao ouvir o tambor corre em sua direção.
5 - IBU INÃNI.
Aquela que é famosa nas disputas. Seu igbá fica sobre areia de rio. Leva um abebé de metal com dois guizos. 
6 - OXUN IJIMU OU YUMU.
Aquela que faz inchar a barriga sem que haja gravidez. Esta Oxun é belíssima e nasce no Odu Ika Meji. Os ararás a chamam de "Tukusi" ou de "Tobosi".

7 - OXUN IBU ODONKI.
Esta Oxun vive em cima de um pilão. Ao lado de seu igbá coloca-se um cesto com material de costura. Seu oriki diz: O rio está crescendo e suas águas estão cheias de lixo. Entre os Ararás é conhecida como "Tokago".
8 - OXUN IBÚ ODOÍ.
Esta Oxun come inhame e, junto dela deve-se manter sempre, um inhame cru. É estreitamente ligada com as Iyami e possui o dom da feitiçaria. Entre os ararás é conhecida como "Fosupô".
9 - OXUN IBU OGALE.
Esta Oxun vive rodeada de telhas de barro É uma Oxun velha e guerreira, considerada a guardiã das chaves. Os ararás a chamam de "Oakerê".
10 - OXUN IYEPONDÁ.
A lenda conta que foi esta Oxun quem liberou Xangô do cativeiro. Segundo outra lenda, esta Oxun foi morta e atirada às águas de um rio, onde logrou ressuscitar. É guerreira e brigona. Entre os ararás é conhecida pelo nome de "Agokusi".
11 - OXUN IBU ADESÁ.
Esta Oxun é a dona do pavão real, animal que lhe é sacrificado. Seu nome significa: "A Coroa é Segura". Entre os ararás é conhecida como "Abotô".
12 - OXUN AYEDÊ OU EYEDE.
Seu nome significa: "Aquela que age como uma rainha". Os ararás a chamam de Iyaáde.
13 - OXUN OKPAXE ODO.
"Aquela que ressurgiu do rio depois de morta". É conhecida, entre os ararás, como "Totokusi".
14 - OXUN IBUMI.
Esta Oxun é representada pelo camarão de água doce que, por sua vez, é seu prato preferido. Não tem paradeiro, é caminhante e fujona. Entre os ararás é conhecida pelo mesmo nome.
15 - OXUN IBU LATIE.
Esta Oxun vive no meio do rio. Só come em cabaças e seu igbá leva 15 flechas e cinco idés dourados. Não possui coroa e quando é vestida enrola-se sua cabeça num ojá amarelo com um filá de búzios pequeninos. Seu nome indica que possui poderes ilimitados e que tem fundamento com Exú Elegbara. Os ararás a chamam de Kotunga.
16 - OXUN ELEKÉ OIYN.
Esta é uma Oxun guerreira e aguerrida. Seu igbá tem que estar sempre besuntado de mel de abelhas da mesma forma que, segundo a lenda, massageava seu próprio corpo com este material. É muito forte e carrega nas mãos um bastão com a ponta em forma de forquilha.

17 - OXUN ITUMU.
Esta é uma Oxun guerreira e que adora confusões. Veste-se de branco e usa calças compridas como os homens. Dizem ser uma temível amazona que nas águas combate montada num crocodilo e na terra, no lombo de um avestruz. Habita as lagoas de águas doces e pode ser encontrada sempre na companhia de Inle e de Azawani. Os ararás a cultuam com o nome de Hueyagbe.
18 - OXUN TINIBÚ.
Esta Oxun vive com Igbadu e nasce no Odu Ireteyero. É a matriarca da Sociedade das Iyalodes. Come cabra, cuja cabeça, depois de seca, é colocada sobre seu igbá. Conta a lenda que tem uma irmã chamada Miuá Ilekoxexe Ile Bomu, que é cultuada junto com ela. Esta outra Oxun não toma a cabeça de ninguém.
19 - OXUN AJAJURA.
Esta Oxun vive em lagoas, não usa coroa e é muito guerreira. Em seu igbá coloca-se um casco de tartaruga.
20 - OXUN AREMU KONDIANO.
Teria sido a primeira a se manifestar numa cabeça humana. Veste-se inteiramente de branco e seu fio de contas é de nácar e coral com gomos de contas verdes e amarelas (de Orunmilá). Trata-se de uma Oxun muito misteriosa. Tem estreita ligações com Obatalá, chegando, por vezes, a ser confundida com ele. Esta Oxun, segundo um itan do Odu Ogbekana, foi quem ajudou Orunmilá a esquartejar o elefante. Os ararás a chamam de Tefande.

21 - OXUN IBUSENÍ.
Esta Oxun vive nas pequenas poças d’água que se formam próximo das margens dos rios. É assentada em duas sopeiras. Cada uma com um otá. É conhecida como Ajuaniynu, entre os ararás.
22 - OXUN IBUFONDÁ.
Esta Oxun morreu na companhia de Inle. Está sempre em guerra e não abre mão de uma espada. Seu prato predileto é o inhame. Os ararás a conhecem como Zehuen.
23 - OXUN IBU ODOKO.
Esta Oxun é muito poderosa e nasce em Ogbekana. É agricultora e acompanha Orixaoko.
24 - OXUN AWAYEMI.
Esta Oxun nasce em Oyeku Meji. É inteiramente cega e vive na companhia de Azawani e Orunmilá.

25 - OXUN IBU ELEDAN.
Esta Oxun nasce no Odu Oxe Leso (Oxe Irosun). É a dona das fossas nasais Come cabrito capado e pequeno.
26 - OXUN IDERE LEKUN.
Nasce no Odu Oturasá. Vive nos buracos formados nas pedras pelas ondas do mar nos locais de encontro do rio com o mar. Leva um atabaque de cunha chamado "koto". Não usa coroa e esconde o rosto que é deformado, com uma máscara de bronze.
27 - OXUN IBU INARE
Vive sobre o dinheiro e, na praia, sobre o caramujo aje. Esta Oxun não gosta de dar dinheiro a ninguém.

28 - OXUN AGANDARÁ.

Esta Oxun nasce no Odu Ikadi. Vive sentada numa cadeira de braços ou num trono. Seu igba deve estar sempre coberta com folhas secas de oxibatá e oju oro. 

sexta-feira, 9 de março de 2012

OXUM/AZIRI/DANDALUNDA - PARTE IV - CAMINHOS DE OXUM


QUALIDADES

ABAE OU MABE -  Tem ligação com Yemanjá.
ABALU ou ABALO - a mais velha de todas, considerada velha e decrépita e envolvida em ações misteriosas e obscuras relacionadas, talvez, à prática da feitiçaria. Tem numerosos filhos e netos. É severa e autoritária É muito ciumenta e adora receber hortênsias como oferenda. Sua ligação com Omolú o Orixá da peste, tido como o médico dos pobres, é notável e segundo dizem, acompanha este Orixá em suas andanças pelos quatro cantos do mundo. Guardiã do Iyawô no período de kelê, sendo considerada a dona do kelê. Neste período deve-se sempre manter uma vela acessa reverenciando Osún para que tudo transcorra bem. Veste-se de cores claras,(azul-claro) usa abebé (é a verdadeira dona do leque e sempre se apresenta com ele) e alfange, tem ligação com Nanã, Oyá de culto Igbalé.Come com Yemanjá no rio ou na lagoa. Carrega Ogum . Tem ligação tb com Omulu e Oxossi
ABOMI OU OMI OU OMIN OU LOMIN -  Um dos nomes ou qualidades de Oxum que significa 'Senhora da água'. Suas filhas têm o direito de usar o Jogo de Adivinhação com até 16 búzios. Não tem ligação com os demais Orixás. É considerada uma das mais velhas, devido ao longo tempo de culto.

ABOTÔ OU YABOTO OU BOTO OU OSOGBO OU OGBO -  Aspecto maduro da orisá. Feminina e coquete. Muito bonita e vaidosa. Relacionada ao parto e ao nascimento, ajuda as mulheres a terem filhos. É a origem de Oxum. Seu culto é realizado nas nascentes dos rios. É a Oxum das nascentes e dos encontros das águas doces e salgadas. Ela deu origem ao nome da cidade de Osogbo. Tem fundamentos com Yemanjá e Oxalá. Geralmente seus filhos são Àbìkús. É a ela que devem se dirigir todas as mulheres que queiram dar à luz ou que procuram saúde para toda a gestação. É a Oxum que ajuda as mulheres durante o parto a terem os seus filhos. Veste-se predominantemente com o branco e alguns detalhes amarelos ou amarelo ouro e azul-claro.; Oxun Oxogbô assiste a mulher na hora do parto, desempenhando aí, a função de parteira.


ADOLÁ - Senhora dos cabelos, representa a beleza feminina e o adorno facial. Tem como protegidos todos que dependem dos cabelos para sobreviver. A esta Ósún é entregue os cabelos de um Iyawó quando ele completa um ano de feitura.
AJAGURÁ ou AJAGIRA - Senhora de todas as aves de penas coloridas e aves aquáticos e terrestres. Responsável pelo Ekodidé e pela hora da apresentação do Iyawô a sociedade.Tem um enredo com Aganju, uma qualidade de Xangô mais carregado e ligado ao fogo. Jovem e guerreira. Pertence à nação nagô
AKURA IBÚ - A inconstância do caráter feminino é representada por Akura, que se faz presente nos locais de encontro das águas do rio com as do mar.
APARÁ - a mais jovem de todas com instinto guerreiro, confundindo-se muitas vezes com IANSÃ. Dona dos objetos cortantes, sendo dona da navalha. Esta fase de Osún tem duplo caminho, sendo que uma tem fase Oyá e a fase Ogún. Quando vem na fase Ogún é aconselhável oferecer nas obrigações de sete em diante um Odá (bode castrado). É muito guerreira e veste-se com o rosa-claro ou o azul-claro. Os mais antigos do candomblé dizem que Oxum Apara é a verdadeira esposa de Ogum Wári, uma qualidade de Ogum que vive nas águas. É a Oxum Apara quem dá a visão no jogo e tem uma relação com Exu. Como as outras Oxuns, essa qualidade de Oxum não come cabra nos seus rituais e sim o odan, o bode capado. Os membros do bode são oferecidos a Exu antes de ser sacrificado; Oxun Apará é a poderosa guerreira que acompanha Ogun em suas campanhas, porta um sabre que manipula com força e destreza. Esta Oxun tem fundamento com Yemanjá, de quem é filha e com quem costuma comer.
AYALÁ, ALANLÁ, ALÁ ou ÌYÁNLÁ - Tem forte ligação com OGUM. Uma das mais velhas,também ligada com as Yamis. Retem o poder sobre a bolsa lacrimal, manifestando através das lágrimas de alegria e de tristeza, dando força a todos que passam dificuldades na vida. Tem ainda participação no Axexê. Representa o sofrimento através da lágrima. Oxun Ayalá teria sido mulher de Ogun com quem trabalhava na forja, acionando o fole para atiçar as brasas. Conta a lenda que o fole acionado por Oxun Ayalá produzia um som ritmado e muito agradável. Atraído por este som, Egun pôs-se a dançar diante da ferramentaria, atraindo um grande número de assistentes que por ali passavam. Encantados com o bailado de Egun os passantes lhe fizeram muitas oferendas de dinheiro, o que o deixou feliz e vaidoso.
Ao saber que Egun estava ganhando dinheiro com sua apresentação, Oxun exigiu que metade da renda obtida fosse dividida com ela, caso contrário, não acionaria mais o fole que produzia o ritmo sem o qual Egun não poderia mais dançar. Sem alternativas, Egun teve que aceitar a exigência da Yagbá passando, a partir de então, a dividir com ela tudo o que ganhava em suas apresentações. Esta Oxun além de sua ligação com Ogun Alagbede tem sérios fundamentos com Egun. Veste o amarelo e o azul-claro. Tem forte ligação tb com Oxalá, neste caminho veste branco.
AWE - Oxun, então, assume e revela todo o poder feiticeiro da mulher. Desprovida agora de escrúpulos e do sentimento de piedade, contesta a pseudo superioridade do macho e cria uma sociedade secreta estritamente matriarcal denominada Sociedade Gueledé, onde a face maligna é encoberta por máscaras muitíssimo elaboradas. É quem se encarrega de organizar esta sociedade onde o homem não tem vez, devendo, tão somente, submeter-se de bom grado às exigências de suas líderes.
BUMI - O gosto pela riqueza, pela opulência e pelo uso de jóias e adornos se revela no caminho de onde a yagbá cobre-se de pulseiras, brincos e colares de ouro, metal que lhe pertence por direito e ao qual está ligada de todas as formas.
EDE - A mulher madura, consciente de sua graça e elegância, revestida de respeito e classe.
FUMIKE - proporciona a possibilidade de gerar filhos,
FUNKE - é a mestra, representando a mãe que orienta e ensina aos filhos as primeiras palavras e passos no seu primeiro contacto com o mundo e com a própria vida.
IBERIN OU MERIN MERIN - Protege o Iyawô no período de kelê contra pragas e queimações, dando ao Iyawô neste período o poder de cobrar injustiças por conta própria. Feminina, elegante, rica e vaidosa. É a Oxum de Mãe Menininha do Gantois. Aspecto maduro da orisá, nessa forma não desce nas cabeças.
IBUKOLA -  é a sedutora irresistível e representa o poder de sedução feminino.

IJUMÚ, IJIMUN, JUMU,JUMUN OU YGEMUM - Rainha entre todas as OXUNS, tendo estreita ligação com as IYAMI-AJÉ, ostentando, por isto, o título de Yalode. Essa estreita ligação é que faz com que as OXUNS alcancem a vitória em suas brigas ou vinganças. Senhora do okutá, responsável por tudo que vive no fundo dos rios. Está demarcação leva 16 okutás em seu assentamento, sendo que apenas um é consagrado ao Ori. É para essa Osún que se entrega a cabeça enrolada na hora da morte. Essa Osún tem o poder de segurar uma gravidez conturbada ou mesmo impossível. É considerada por muitos zeladores como o terceiro caminhos das Ìyámìs. entre as que pegam os seus filhos, é uma das mais antigas e a única Oxum que através do jogo do búzio não responde por meio do odu Oxê. Veste-se de azul claro ou cor de rosa. Leva abèbé e alfange. É a senhora da fecundidade e do feitiço, é a velha e vira bruxa na beira do rio.Come com Oxalá e Omolu. Não come bicho-fêmea, exceto pata. 

IKOLE - Seu mito a liga a Iemanjá e Ode Erinlé. Transformou- se numa ave.
IPETU - ingênua e sensual, tem um enredo com Obaluaiê, com quem entra no cemitério. Veste-se com tecidos muito estampado em que predomina o amarelo. Ipetú é a guardiã dos segredos insondáveis. Sobre esta Oxun pouco se sabe e nada se fala. A simples pronúncia de seu nome é revestida de muito respeito e considerada quase como um tabu. Akolê: Semelhante a Oxum Ipetu; 
KAYODE - representada pela dança de Oxun, repleta de movimentos que denotam a sensualidade revelada na maneira de andar, de se movimentar e de proceder das mulheres.
KARE - muito guerreira. É aquela que auxilia todo e qualquer movimento ligado a abundância e fertilidade. Possui o poder da multiplicação do útero (gêmeos e trigêmeos). Dona da bolsa d’água, com o direito de aumentar o espaço da gestação. Òsún karè é a deusa da pesca, rainha da caça, é aquela que mora dentro das águas da cachoeira e(ao mesmo tempo mora na entrada das matas). Senhora que acompanha Ode nas caçadas noturnas. Tem enredo com Oxóssi Inle e Logun-Edé. Também é ligada a Ode Karê, caçador que vive nas águas e se apresenta como um iabá, orixá feminino. Yeye Kare representa o culto à beleza e à vaidade feminina, é descrita como "O Espírito que se reflete no espelho", motivo pelo qual Oxun está permanentemente se admirando na superfície de um espelho, do qual não se separa nunca. Sua arma é um ofá (arco e flecha). Muito bonita, jovem, autoritária e agressiva. Veste saia branca com forro amarelo-claro. Acompanha Yemanjá e Oxalá. Come na lagoa e no encontro das águas salgadas com as doces. É manca da perna esquerda e só come bichos-fêmeas. Kare é um de seus títulos, na verdade Kare tem seu próprio nome que poucos conhecem. Tem ligação com Oyá.
LOBÁ-GUERÊ OU GUERÉ - Oxum velha que dirige os trabalhos do qual o auxiliar é o Exu Laboré Fumen. Gueré quer dizer docemente ou alegremente. Tem ligação com Xangô
MIWA - o Espirito das Águas Doces, está, de certa forma, ligada ao processo de gestação e dizem que assiste e protege o feto durante todo o período de gravidez, sendo a dona do líquido aminiótico. Cultuada especialmente no 'Asé Ilê Opô Afonjá'. Não é propriamente uma qualidade, e sim o nome de um Orixá. Mi = diferente e Wá = ser = Ser Diferente.
ODÓ - reina nas nascentes dos rios. Iyawô dessa qualificação deve ser coberto com Alá e dentro do seu ibá cinco ovas de peixe. No fim do Orô, lava-se imediatamente o Iyawô ainda virado. Essa demarcação tem kizilas de ejé. É a Mãe das Ancestres. É muito parecida com Yemanjá. Veste branco e azul. Come com Oxalá e Yemanjá. Senhora dos perdões. Nas nascentes dos rios reside Yèyé Odó.
OGA ou OLÓKO - Velha e brigona. Representa à mulher envelhecida, cheia de manias e preconceitos, ranzinza e implicante Representa a existência absoluta da humanidade, sendo responsável por todo Iyawô após 60 anos. Protege os idosos. Senhora da feitiçaria e mandingas. - vive nas florestas é tida como a adversária de Oxóssi. . Yeye Oloko, que habita nos mananciais d’água existentes no interior das florestas mantendo ligações fundamentais com Oxóssi e Osain. Existe um mito que diz que Oxóssi teve que dividir a floresta com Yeye Olokô e Ossãe depois de uma disputa;
OKÉ OU LOKE OU LÊ IÊ OKE OU EOQUÊ - muito guerreira. Semelhante a Oxum Karê que para muitos faz com que elas sejam uma só;: Apresenta-se como caçadora, mais também é muito guerreira. Vive no interior das matas ou florestas e é associada as Iyami. Veste amarelo-ouro e usa ofá, traz ainda uma espada e o abebê. Come com Oxossi e Ewá somente a caça. Foi esposa do mais velho Oxossi que existe e criou os filhos que lansã teve com seu marido, aliás, só permitia que Oyá tratasse de seus filhos quando eles adoeciam
OMINIBU - É uma Oxum mais nova. É a que vive na nascente do rio. Não vira na cabeça de ninguém. Tem enredo com Oxóssi; 
PONDA OU YPONDÁ OU PANDÁ - guerreira, rica, bela, Governa a criação infantil, sendo a verdadeira mãe de Logún e também senhora da inocência. Para está Òsún é aconselhável que o okutá seja umedecido com leite materno. Yeye que monta a cavalo, de onde originou-se o mito de que essa Oxum pega o seu cavalo e com a sua espada sai batendo de porta em porta desafiando quem encontra para um duelo;
Oxun Ipondá é guerreira e dona de caráter irrascível. Esta Oxun costuma formar, junto com Oyá, uma dupla de combatentes invencíveis. : Esposa de Oxossi Ibualama. Porta um leque. É Mãe de Logun-Edé e com sua espada guerreia bravamente. Vive no mato com seu marido. Veste amarelo-ouro e azul-claro na barra da saia. Relacionada ao fogo e aos cemitérios, tem ligação com Egun. A pata é a sua maior quizila, seu bicho de fundamento é a tartaruga. É uma jovem da cidade de Iponda. Tem ligação com Ogum, Oyá, Oxossi e Oxaguiã. Come com Iyemonjá e Oxalá. Alguns dizem ser companheira de Omulu, muito feiticeira tendo ligação com o fogo
POPOLÓKUM - Responsável pelos Cawris. Herdou de Bàbá Ifá o conhecimento do futuro. Tem como propriedade o Opelê Ifá,além de ser a senhora da intuição,audição e governantes de todos os métodos divinatórios. Oxun Popolokun, também revestida de uma enorme aura de mistério, é cultuada em lagoas de águas profundas, onde estabelece a sua residência. Conta a lenda que esta Oxun costuma aprisionar em seu reino aqueles que se aventuram a mergulhar em suas águas.
SEKESE - representa a aparente fragilidade feminina, artifício usado para obter a proteção dos representantes do sexo masculino.

A mulher guerreira, batalhadora e belicosa é representada por quatro caminhos de Oxun, nos quais porta sempre uma espada. Nestes caminhos a Orixá é conhecida como: Oxun Apará, Oxun Oke, Oxun Ipondá e Yeye Iberin, todas consideradas como guerreira poderosas. 

No percurso do rio, que corresponde à trajetória do próprio Orixá, Oxun assume diferentes características, todas ligadas à maneira de ser das mulheres, de seu caráter e atitudes, de suas qualidades e defeitos.
Assim, o africano se refere à diferentes "caminhos" deste Orixá, que foram descritos de forma particular, sempre comparados a situações específicas do procedimento feminino. No Brasil, outras manifestações de Oxun podem ser verificadas nos tradicionais terreiros ou roças de candomblé.
Enquanto na África, as diferentes manifestações são consideradas como caminhos percorridos por Oxun como uma única entidade, no Brasil considera-se cada "qualidade" como sendo um Orixá diferente e assim, Oxun deixa de ser uma só e diferentes Oxuns, componentes de uma grande família serão cultuadas de acordo com cada diferente qualidade.

Obs. Nas descrições dos caminhos de Oxum existem muitas variantes, longe de mim, achar que estou colocando aqui a experiência das iniciações nas casas de santo e nem fechando questão com as verdades de cada um.

quinta-feira, 8 de março de 2012

OXUM/AZIRI/DANDALUNDA - PARTE III - ARQUÉTIPO DOS FILHOS DE OXUM



A orixá OXUM transmite a seus filhos energia , vibração que esta relacionada com ela,portanto seus filhos acabam por ter a personalidade influenciada e manifesta tanto de maneira positiva como negativa.

É bom esclarecer que o comportamento também sofre a influência do orixá que faz a dualidade com ela e claro a cultura,educação e orientação individual.
As mulheres são marcadas com forte energia é muito imponente, delicada, graciosa, geralmente bonitas, feminina, sensual, ingênua, dócil e infantil, desejosa de curar, ajudar e cuidar dos fracos. Marcadas pela afetividade, familiaridade, concordância, maternidade, altruísmo, mas no sentido inverso podemos ter a maledicência .
Podemos acrescentar que são meigas, sedutoras, com voz suave, olhos brilhantes, sorriso alegre, um rosto inocente, mulheres sensuais como já disse e voluptuosas.
Os homens também sofrem o efeito desta energia quando ela faz polaridade com a entidade principal do homem,claro que existem muitos casos em que ela é a principal,pelo menos é a que tem a atuação mais forte,e,isto ocorre principalmente quando o homem é filho de determinados OXALÁ,OSSAIM,ODÉ,tornando-os pessoas extremamente emotivas, instáveis, inconstantes, podendo ser infiéis, levianos, fúteis. Algumas filhos ou filhas são ingênuos, crédulas, infantis, preguiçosas, moles, indecisos,precisando sempre de um sacudidão..
Não se zangam com facilidades. Não gostam de brigas. Não sabem recusar. Mas se pegarem alguém para inimigo vão ao extremo.Tornando-se principalmente caluniadores e mentirosos. E o pior é que convencem.Adoram crianças pequenas. Algumas são ambiciosas, adoram o luxo, o conforto e a riqueza, sabendo ser atraentes, julgam que para vencer na vida consiste em usar seus encantos para conseguir o que querem.
São afetuosos, intrigantes, hipócritas, mentirosas, interesseiros,dependendo da associação,principalmente quando tem a vibração BARÁ.
Gostam de chamar a atenção para si, de usar colares, jóias, brincos de ouro e tudo que se relaciona com a vaidade, flores, etc.
Muito criativos e péssimos competidores.Trapaceiros.
As pessoas que sofrem a influência da energia OXUM, são pessoas muito apegadas a beleza física. Narcisistas. Colocam a aparência em primeiro lugar. Gostam de serem observadas, são extremamente vaidosas.
Se preocupam com que os outros vão pensar e falar.
Quase sempre preveem acontecimentos futuros, distinguem sinceros amigos com simples trocas de palavras. Muito sentimentais, ofendem-se com facilidade, mas não costumam expor suas feridas. Gostam de trabalhos manuais onde sua adaptação é rápida e possa ser admirada pelos outros. Inclinadas às ciências ocultas, religiões, comércio,eletricidade,publicidade,culinária . Meigas, mas rancorosas aos extremos. Ciumentas em demasia.
Seu ponto fraco fisicamente são a garganta e o aparelho genito-urinário.Também neste ponto sofrem a influência negativa do orixá de parceria.
São de estatura mediana, corpo mais franzino que de outros orixás femininos e masculinos.
Possuidoras de grande sensibilidade espiritual, via de regra boas espiritualistas.
Os filhos de Oxum amam espelhos, jóias caras, ouro, são impecáveis no trajar e não se exibem publicamente sem primeiro cuidar da vestimenta, do cabelo e, as mulheres, da pintura.As pessoas de Oxum são vaidosas, elegantes, sensuais, adoram perfumes, jóias caras, roupas bonitas, tudo que se relaciona com a beleza.
Talvez ninguém tenha sido tão feliz para definir a filha de Oxum como o pesquisador da religião africana, o francês Pierre Verger, que escreveu: “o arquétipo de Oxum é das mulheres graciosas e elegantes, com paixão pelas jóias, perfumes e vestimentas caras. Das mulheres que são símbolo do charme e da beleza. Voluptuosas e sensuais, porém mais reservadas que as de Iansã. Elas evitam chocar a opinião publica, á qual dão muita importância. Sob sua aparência graciosa e sedutora, escondem uma vontade muito forte e um grande desejo de ascensão social”.
Os filhos de Oxum são mais discretos, pois, assim com apreciam o destaque social, temem os escândalos ou qualquer coisa que possa denegrir a imagem de inofensivos, bondosos, que constroem cautelosamente. A imagem doce, que esconde uma determinação forte e uma ambição bastante marcante.
Os filhos de Oxum têm tendência para engordar; gostam da vida social, das festas e dos prazeres em geral. Gostam de chamar a atenção do sexo oposto.
O sexo é importante para os filhos de Oxum. Eles tendem a ter uma vida sExúal intensa e significativa, mas diferente dos filhos de Iansã ou Ogum. Representam sempre o tipo que atrai e que é, sempre perseguido pelo sexo oposto. Aprecia o luxo e o conforto, é vaidoso, elegante, sensual e gosta de mudanças, podendo ser infiel. Despertam ciúmes nas mulheres e se envolvem em intrigas.
Na verdade os filhos de Oxum são narcisistas demais para gostarem muito de alguém que não eles próprios, mas sua facilidade para a doçura, sensualidade e carinho pode fazer com que pareçam os seres mais apaixonados e dedicados do mundo. São boas donas de casa e companheiras.
São muito sensíveis a qualquer emoção, calmos, tranquilos, emotivos, normalmente têm uma facilidade muito grande para o choro.
O arquétipo psicológico associado a Oxum se aproxima da imagem que se tem de um rio, das águas que são seu elemento; aparência da calma que pode esconder correntes, buracos no fundo, grutas tudo que não é nem reto nem direto, mas pouco claro em termos de forma, cheio de meandros.
Faz parte do tipo, uma certa preguiça coquete, uma ironia persistente, porém discreta e, na aparência, apenas inconsequente. Pode vir a ser interesseiro e indeciso, mas seu maior defeito é o ciúme. Um dos defeitos mais comuns associados à superficialidade de Oxum é compreensível como manifestação mais profunda: seus filhos tendem a ser fofoqueiros, mas não pelo mero prazer de falar e contar os segredos dos outros, mas porque essa é a única maneira de terem informações em troca.
É muito desconfiado e possuidor de grande intuição que muitas vezes é posta à serviço da astúcia, conseguindo tudo que quer com imaginação e intriga. Os filhos de Oxum preferem contornar habilmente um obstáculo a enfrentá-lo de frente. Sua atitude lembra o movimento do rio, quando a água contorna uma pedra muito grande que está em seu leito, em vez de chocar-se violentamente contra ela, por isso mesmo, são muito persistentes no que buscam, tendo objetivos fortemente delineados, chegando mesmo a ser incrivelmente teimosos e obstinados.
Entretanto, ás vezes, parecem esquecer um objetivo que antes era tão importante, não se importando mais com o mesmo. Na realidade, estará agindo por outros caminhos, utilizando outras estratégias.
Oxum é assim: bateu, levou. Não tolera o que considera injusto e adora uma pirraça. Da beleza à destreza, da fragilidade à força, com toque feminino de bondade

OXUM/AZIRI/DANDALUNDA - PARTE II - OXUM (cont)


Feminina, sensual, ingênua, dócil e infantil, desejosa de curar, ajudar e cuidar dos fracos. Afetividade, familiaridade, concordância, maternidade, altruísmo, inverso: maledicência .
Poder claramente relacionado com a fecundidade, é personagem de um mito muito conhecido em que um simbolismo transparente mostra que mesmo OXALÁ supera o tabu da menstruação para prosternar-se aos seus pés. Transformando em penas vermelhas o papagaio da costa, o sangue que gotejava do corpo de uma sacerdotisa.
OXALÁ nunca há de separar-se desta pena vermelha que é ekodidé e que será o único sinal desta cor que carregará pela eternidade.
OXUM representa a mãe da criação que toma conta dos filhos dos outro em gestação e até o décimo sexto dia de nascimento. Diz-se que ela é provedora, atende as necessidades dos outros e que portanto, merece o reconhecimento dado a uma mãe.
OXUM entidade é muito imponente, delicada, graciosa, geralmente bonita.Não se zangam com facilidades. Não gostam de brigas. Não sabem recusar. Adoram crianças pequenas. Algumas são ambiciosas, adoram o luxo, o conforto e a riqueza,julgam que para vencer na vida consiste em usar seus encantos para conseguir o que querem. Mas também tem seu lado intrigante, hipócrita, mentirosa, interesseira.
Orixá que recebe o nome de um rio da Nigéria, em Ijexá e Igebú.
Segunda mulher de Xangô, deusa do ouro, da riqueza e do amor.
A OXUM pertence o ventre da mulher e ao mesmo tempo controla a fecundidade, por isso as crianças lhe pertencem . Dona da água doce, gosta de usar colares, jóias, brincos de ouro e tudo que se relaciona com a vaidade, flores, etc.
Orixá das águas doces é a própria Vênus. Por um lado é a moça faceira e sedutora, por outro preside os mistérios femininos, a maternidade, a magia, profundezas da imaginação, a riqueza, crescimento e a fecundidade.
OXUM a estrela, mostrando sua luz na imensa escuridão da mente humana.
OXUM, a senhora das águas doces, e de parte das águas do mar, é a aiabá da beleza, da fertilidade, da feminilidade e do charme.
Poderosa rainha que conquistou o coração de XANGÔ também de BARÁ, ou OGUM, recebendo o nome de ÁPARA sendo muito semelhante com IANSÃ.
Dona de uma elegância e de uma astúcia surpreendente.
Dama da mais alta hierarquia. Foi ela que criou a galinha da angola, ave que por ter o corpo pintado e ostentar um osu na cabeça é tido como feito -iniciado- .Entidade da medicina curativa, madrinha da procriação e da gestação que toma sob sua proteção todos os seres humanos desde a concepção até que comecem a andar e adquirir conhecimento.
Evita abortos e complicação durante a gravidez.
OBÁ tem muito ciúme e raiva de OXUM, a ninfa das cascatas, e ódio mortal da relação que XANGÔ mantém com a charmosa senhora dos rios, ribeirões e lagos límpidos.
A esperta OXUM foi junto com IANSÃ a causadora do aleijão de OBÁ, quando ludibriada perdeu a orelha esquerda.
Pela tradição nos terreiros, não se pode deixar dançar perto uma da outra.
OXUM é a água que produz todas as qualidades de som, esposa rica de XANGÔ, a senhora do Ijexá.
A graciosa rainha, cuja idés de ouro imitavam o burburinho das cascatas.
Ela se vestia de ouro e de bronze, tinha dentes belos e era muito elegante e esperta. Cantava muito lindo.
Quem queria ter dinheiro pedia a OXUM que ela dava.
OXUM meticulosa cozinheira.
Vaidosa, maternal, sensual, esposa mais rica do rei de Oió.

É a graciosa mãe das águas profundas, divindade dos rios, fontes e regatos.
Orixá que enfeita seus filhos com ouro e fica muito tempo no fundo das águas gerando riquezas.
Que conhece o segredo, o segredo da vida, nas não o revela.
Mãe procriadora, está associado a fisiologia feminina preside a menstruação, gestação e nascimento. É considerada a dona do ovo, símbolo da fertilidade, a maior célula viva, e que evoca a idéia de fartura e riqueza.